Bastante atrasado, mas só para dizer como foi o último dia do ano



Sobre 31 de Dezembro de 2013...

Amanheceu a última manhã do ano. Dia útil só até às 13h, mas a mamã resolveu que afinal era feriado e El Rei ficou em casa para se preparar para o Reveillon.

Festa após festa, Dom Afonso tem ficado cada vez mais mimadinho e excêntrico, mais party mood, e mais gandulo mood. Toda a gente se ri das suas gracinhas e ele sabe que tudo pode...(ou quase tudo!)

Até o Pai Natal foi seu cúmplice e mostrou ao pequeno Atonto que ele se tinha portado tão bem este ano (tão bem que já nem sei o que faça a tanto brinquedo), que o Rei, dando por encerrado o ano comportamental, pensou para consigo: "o que acontece em 2013, fica em 2013!"
Para o ano haverá mais e terá 300 dias e trocó-passo para se portar bem. Que se lixe, ele hoje queria era farra! Vai daí e decidiu queimar todos os créditos.

Perseguiu-me a manhã toda, olhando-me com aqueles olhos de coitadinho, acompanhados de murmúrios de carpideira, e mamã, mamã, mamã...interminavelmente, até me doer a cabeça e me causar hipertensão. As gatas, doidas, ensandecidas, como se já não comessem há mil anos, seguiam todos os meus movimentos e fitavam-me nos olhos com ar de desgraçadinhas a pedir mais uns grãozinhos de ração, pela 4ª vez e ainda eram 11h da manhã...Volta meia volta tropeçava nelas e dizia coisas pouco próprias.

Fiz todos os trabalhos de arrumação e limpeza diária da casa, pressionada, ...e quando finalmente me fiz ao duche, Dom Afonso tenta atirar-me com o meu telemóvel para a água.

Tento ter uma cara de ano novo, mas as olheiras saltam à vista! Estou cheia de stress!!
Deixa lá refrescar a cara com um pouquinho de maquilhagem. Abro a mala e saco de um pincel de blush que ainda resta da última investida de Dom Afonso às minhas pinturas. Aí ele começa a atirar tudo ao chão, porque já descobriu como se abrem as pinturas. Não há embalagem de plástico que resista a uma boa queda, e lá se vão as dobradiças.

Fico com o chão em estilhaços de pó colorido e desato a apanhar o que posso. Acabo por me pintar com os despojos de guerra de Dom Afonso, que entretanto se havia munido de armas brancas: pinças diversas, revirador de pestanas e bocados de pincéis, e as atira para o meio do campo de batalha. Enquanto espalho o blush, sinto que estou a comer a poeira da estrada e até o meu eye liner todo murchinho, andou a fazer desenhos em folhas e na tampa do bidé.


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