O bigode do meu avô

Ode ao Bigode (do meu Avô)

Quando o meu avô conheci,
pouco depois de nascer,
um grande bigode eu vi,
a sua figura enaltecer.

Ai como seria aquele bigode...?
No mínimo mediático,
Ai de mim, quem me acode,
se ele não for um bigode simpático!

Mas que ar tão importante,
que tinha aquele senhor,
a ostentar um bigode falante,
seria ele um professor?

Não o senhor, mas o bigode,
que quem se mostra assim não é gago,
Não se engana aquele bigode,
é um bigode doutorado.

É que todo o bigode encerra mistério,
tem muitas histórias ali escondidas...
todo o bigode tem ar sério,
até que se descubram as suas partidas.

Mas depressa o meu pai me disse,
que aquele bigode era amistoso,
fez com que a minha mãe sorrisse
e eu ficasse orgulhoso.

E mais ele acrescentou...
quem vê bigodes não vê caras,
bigodes há muitos,...lamentou,
mas bigodes como aquele são jóias raras!

Muita gente usa bigode,
para conseguir ser respeitado,
depois goza com o pagode
e isso deixa-me irritado.

Por muito bigode que um bigode seja,
só terá um bigode digno, quem a dignidade almeja!

E como diz o famoso ditado,
por mim mesmo agora inventado,
por detrás de um grande bigode,
está sempre um homem que pode.

Quando penso no que quero ser,
tenho a certeza da minha vocação,
usarei bigode com toda a convicção,
e quanto à minha profissão,
quero ser o que quiser.
E assim em jeito de ode,
termino a história do bigode,
bigode não usa quem quer,
usa quem pode!


(Pedido especial: Querido bigode do meu avô, não queres acrescentar uma barba branca, umas calças vermelhas, o resto da indumentária e vestir-te de Pai Natal?) :)

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