M(amamentação) - fala a minha experiência! Parte II - Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...
Continuando com o post anterior...
A amamentação é um acto simultaneamente de alimentação, amor, partilha...Dizem os entendidos que o leite e acto de amamentar até alivia eventuais dores que o bebé possa ter. Para o Rei é quando ele está doente, quando tem sono mas não consegue dormir, no avião quando está desassossegado (e mesmo por causa dos ouvidinhos durante o voo), quando houve qualquer emergência e não trouxemos comida para o bebé, quando ele acorda durante a noite a chorar e não sabemos o que ele tem...a mama cala muita coisa e resolve muita coisa!
Até o acto de nos levantarmos de noite para preparar o biberão...custará mais do que amamentar! Isso e dinheiro que se poupa em leite!
Ainda hoje sinto que um simples leite em biberão está longe das maravilhas que encerra o poder de uma mama. Claro que a "batata quente" fica do lado da Mãe e menos do Pai, mas o Pai pode sempre colaborar, ajudando a colocar a almofada de amamentação (objecto essencial - ainda hoje com 9 meses o Rei é apoiado na almofada -!), e fazendo companhia à Mãe, o que é bastante importante.
De início pode custar e ser doloroso, podem sentir que perderão a liberdade, pois é uma coisa que exige tempo e disponibilidade absoluta. Confesso que no passado me senti presa, mas a vontade e responsabilidade de o fazer pelo meu filho falou sempre mais alto. Há quem tire leite com uma bomba e congele ou conserve no frigorífico, para se poder "ausentar do seu bebé" durante umas horas. Eu pouco o fiz, pois levava-o comigo para onde quer que fosse. Isso e porque tive uma dificuldade imensa que ele pegasse em biberãos.
Se por um lado nos dizem que quem amamenta não deve dar a experimentar suplementos e biberãos ou chuchas, senão eles deixam de mamar, há sempre o reverso da medalha, quando necessitamos que eles bebam do biberão e eles se recusam! Tenho testemunhos de pessoas que simultaneamente amamentavam e davam leite de lata (o que foi o meu caso a partir do momento em que o Rei entrou na creche), e o bebé nunca rejeitou a mama.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra e essa história de não ser conveniente dar biberãos e outros leites, com prejuízo de eles rejeitarem o leite materno, é mais quando os bebés ainda se estão a habituar a alimentar no "exterior da Mãe" e a experimentar. Se só lhes derem biberãos, é natural que só queiram isso, se lhes dão mama, é normal que só queiram mama! No entanto, há-de sempre chegar o momento em que eles irão decidir o que querem, ou que terão de se habituar ao que podem. A escolha é deles, e também dos pais.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda o aleitamento exclusivo até aos 6 meses de idade do bebé. Essa idade representa apenas uma média, para uniformizar a questão do aleitamento para todos os povos (geralmente nos países pobres amamenta-se até mais tarde, pois é o único alimento que existe disponível e nos países ricos amamenta-se menos, pois há menos disponibilidade e mais facilidade de lhes darmos outras coisas). A ideia é arranjar-se um standard para as necessidades de alimentação do bebé.
No entanto, as próprias necessidades do bebé (e dos pais) fazem com que essa premissa não seja condição absoluta. Por volta dos 4 meses já se podem introduzir outros tipos de alimentos, para além de leite materno ou de lata. Não quer isto dizer que o leitinho não continue a ser a base da sua alimentação e que a introdução de outros alimentos seja prejudicial.
O Rei aos 4 meses começou a comer papa, e cerca de duas a três semanas depois, começou a comer sopa. O resto era leite da Mãe!
Querem saber mais? Então vejam o próximo post sobre M(amamentação)!
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